22/11/2017


Sou escorpiana, eu sei que muita gente não gosta quando alguém usa o signo como “desculpa”, mas eu amo falar e estudar sobre signos e também amo falar sobre sentimentos. Então sinta-se à vontade em ignorar que sou escorpiana.

Mas retomando o foco... Sou escorpiana e intensidade é meu sobrenome. Em tudo, mas principalmente nos amores e paixões, meu primeiro amor, aquele de quando eu era criança e tinha toda a ingenuidade do mundo, foi intenso, de cartinhas a declarações de amor no portão da escola. A primeira paixão da adolescência foi fogo, foi entrega. E quando apareceu o primeiro amor de verdade, bem foi magia, foi coisa de almas... de destino. Eu não escondo de ninguém, que ele foi o amor mais puro, e que de lá para cá, vários anos depois daquele primeiro olhar... daquele primeiro beijo... ninguém chegou aonde ele chegou, até chegaram perto, mas ninguém nunca ultrapassou.

E passaram os anos... os namoros... os casamentos.... Eu sempre fiz com que cada uma das minhas histórias fossem histórias dignas de livros. Eu não seria eu se não desejasse viver coisas parecidas com o que eu lia nos meus livros. E eu consegui, eu poderia contar cada uma delas não em textos como esse, mas em livros parecidos com aqueles que leio, quem sabe um dia isso se torna algo concreto. Mas agora? Bem, no agora, aos vinte e tantos anos eu não consigo mais imaginar que eu ainda posso viver histórias de amor dignas de livros.

Eu tenho a triste sensação de que vivi todos os amores possíveis, e agora só me resta o vazio que fica depois de alguns encontros casuais... de alguns sexos casuais. Esse vazio não é por falta de amor próprio, nem mesmo por arrependimento de ter terminado os romances anteriores, eles foram o que tiveram de ser, até onde conseguimos ir, o vazio é falta de amor ao próximo. O vazio que fica quando você ver uma pessoa saindo pela porta sem você realmente ter tocado a alma dela. Tocar o corpo é tão fácil, as mãos, a língua, a pele, o desejo, o tesão. Mas conseguir tocar a alma? Ahh essa não é tão fácil assim... E fica ainda mais difícil para mim, eu não sei medir a intensidade. Eu quero muito sexo, muito toque... e muita conversa. Quero almas juntas.

E como fazer isso em um momento onde as pessoas são tão medrosas ao pensar em se entregar? Se vocês souberem a resposta dessa pergunta agradeço se me ajudarem. Por que depois de tanto vivenciar o medo do outro, ao invés de ser quem sempre fui, me entregando e vivendo, eu apenas vivencio o prazer, o gozo. E depois, fica apenas o vazio e o medo. E com isso eu tenho a dúvida se a falta de histórias épicas é o destino que já fez o que tinha que fazer... ou se eu não tenho mais capacidade de fazê-las acontecer...


Enfim, continuo achando que não aparecerá mais nenhum grande amor, e o que me resta é relembrar e escrever sobre os que já vivi. Talvez isso possa parecer pessimismo, mas para mim, é apenas a minha realidade. Caso isso mudar, vocês serão os primeiros a saber.

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